domingo, 8 de maio de 2011

[...] Repensando Atitudes [...]


            Há um mês, de forma trágica, perdi uma pessoa querida... É verdade que nunca fomos os amigos mais próximos, mesmo residindo na mesma cidade... Mas sempre que nos reencontrávamos nos retornos à Patos ou até mesmo nos jogos pelos campeonatos da UFU, os momentos de felicidades e confidências eram sinceros! Foi uma perda inacreditável: uma pessoa inteligente, humilde, companheira, sempre disposta a ajudar o próximo, dar “aqueles” conselhos aos amigos e se esconder nas horas em que tirávamos alguma foto...
            Lembro do dia do acidente, quando por telefone eu conversava com uma amiga, a qual me disse para ter força, mesmo estando mais desolada com a situação do que eu... Então ela me explica o porquê daquilo, que de certa forma ela tinha quem a confortasse naquele momento, enquanto eu estava distante daqueles que compartilhavam a mesma angústia e tentavam superar juntos tudo aquilo... Acho que foi o momento a partir do qual eu realmente comecei a refletir melhor sobre tudo o que estava acontecendo, não só ali naquela hora, mas nos últimos anos de minha vida, principalmente...
            Como todo mundo, tenho os meus problemas familiares e sempre encontrei nos meus amigos um meio de fuga para tais... Em muitos momentos essa foi e é a minha salvação, mas nos últimos anos de alguma forma sinto um peso bem maior nas minhas costas e, junto com isso, o que eu tenho feito é me isolar e me afastar das pessoas que se importam comigo... São constantes os recados que recebo falando o quanto estou sumida e, como resposta, sempre tenho um “sumida é meu sobrenome”...
            Tenho tentado entender o porquê disso, mas não tem sido uma tarefa fácil... Acho que criei um complexo de que estou por conta própria no mundo e que não posso contar com ninguém, por ter me decepcionado com alguns poucos... Mas mesmo assim, continuo prestativa, e desabo quando alguém me demonstra que ainda há alguma humanidade na pessoa fria e sarcástica que venho me tornando... Tive um momento desses, essa semana: estudava com uma amiga enquanto dava monitoria para um pessoal na faculdade, quando ao final do exercício uma colega nossa queria de alguma forma me dar algo como agradecimento pela ajuda e eu meio que envergonhada tentei fugir, quando ouço das duas um “você merece”... E não um “você merece” interesseiro, mas um “muito obrigada” por todas as vezes que você se dispõe a nos ajudar, mesmo tendo várias outras coisa a fazer...
            Por mais que eu goste de conhecer novas pessoas e fazer novas amizades, parece que estou mais desconfiada do que o normal, me prendendo na frente de um computador, sem um propósito de vida... Sem qualquer motivação... Sim, existem alguns em que eu me apóio com toda a minha carga e que conseguem me confortar e me dar algum norte... Existem aqueles que me pedem ajuda para encontrar os seus rumos e eu os acabo deixando mais perdidos... Existem aqueles para os quais eu já disse “eu te amo” e simplesmente desapareci depois... E têm existido aqueles para os quais eu tenho aberto as portas do meu eu e de alguma forma eu estrago tudo no final, ou melhor, ainda no início...
            Aff... São tantas coisas passando pela a minha cabeça, que já to fazendo uma bagunça aqui...
            Na verdade, o que me levou a escrever todos esses raciocínios sem lógica, é o sentimento de que preciso repensar muitas das atitudes que tenho tomado, pois mesmo sem querer acho que tenho magoado muitas pessoas que realmente se importam comigo... Com certeza não conseguirei fazer isso do dia para a noite, pois preciso mudar algumas concepções que incrustei dentro de mim, mas quero sim mudar... Voltar a ser um pouco mais aquela palhaça que muitos têm como referência, ao invés da pessoa séria e casca dura atual... Sentir o prazer de fazer programas de domingo, sem qualquer programação, simplesmente “vamos” e sentir que não existe nenhum problema para me preocupar naquele momento... Pegar meu violão, fazer uma rodinha e tocar “aquela” música que sempre me pedem... Enfim, sorrir de verdade em meio às pessoas, sem sentir um turbilhão de angústias querendo me arrasar em lágrimas...

"É tão estranho, os bons morrem jovens...
Assim parece ser quando me lembro de você,
que acabou indo embora cedo demais..."
Jeferson William, saudade eterna!!!

3 comentários:

  1. olha amiga fico aliviada em ler seu post e saber q de alguma forma você se coloca diante de modificações necessárias... a Vida é cheia de surpresas e emoções, mas é preciso saber lidar com tudo que nos rodeia... as vezes estamos mais emotivos, ou mais duros, depende do momento, das pessoas e das ocasiões mas não podemos jamais deixar que tudo nos abale a todo momento... perder um amigo realmente nos maltrata, ainda mais qndo este esta na 'flor da idade' como o seu...
    mas ele onde estiver olha por aqueles que ele tanto teve amor e carinho na Terra e nos fortalece com uma energia que somente os sensíveis consegue sentir...
    feche os olhos e abra a mente... que você poderá se fortificar das energias positivas que não só as pessoas transmitem, mas principalmente, você libertará a que existe em você... bjs c cuida... adoruu muito voxê...

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  2. Ao ler seu post, só consigo pensar na Camilla, pra mim Sansão, que conheci...
    aquela engraçada, carinhosa, amiga que eu conheci e que me estendeu a mão...
    aquela que me deixava usar sua internet discada no sábado à tarde...
    aquela para quem 'tirar' é sinônimo de gostar...
    aquela que me chama por aquele apelido horroroso até hoje...
    aquela a quem eu magoei e meu coração ainda dói por isso...
    aquela que depois de ter aparentemente me perdoado, demonstrava carinho por mim, mesmo a gente se vendo tão pouco...
    A Sansão, a minha amiga!

    O nosso querido Jeferson veio à terra, amiga, para nos mostrar o valor da amizade e para nos fazer repensar a vida, assim como você está fazendo agora.
    Espero que o amor que sentimos por ele possa no unir ainda mais e que seu sobrenome deixe de ser Sumida e passe a ser Presente...

    Eu amo você!

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  3. Amiga, muito lindo!( você tem talento).. hehe
    fiquei emocionada de me encontrar aí, mesmo que de forma subentendida ..

    e vou estar aqui sempre pra ouvir seus conselhos.. você me estragar e depois me perguntar: ' vem k, quem é vc ?! ' kkkkkkkk
    e pra não fazer programação e depois ouvir um 'vamos?' ( mas nada de programa de índio )

    além de te ouvir sempre em longas conversas por telefone ( q andam muito raras )

    beeijos
    AMO VOCÊ!

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